quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fragmentos de delírios esparsos...

... Cada indivíduo é uma canção de duração humana, variando em seus andamentos, reescrevendo sua própria partitura, executada por inúmeros regentes ao longo do seu fio vivente...

...Cinza, púrpura, musgo e translúcido. As cores e texturas do despertar torpe de um sonho intranqüilo na primavera gélida da Sibéria, onde o andarilho que não podia morrer caminhava sedento por uma dose de vodka, o suficiente para lhe proporcionar a derradeira coragem para o suicídio criogênico há tanto desejado. Mergulhar na água siberiana significaria fugir daquele inferno de neve e tons borrados da tundra predominante naquelas paragens. Na falta da vodka, acordar o salvou...

... Aquarela solar no horizonte crepuscular, cabelos bailando ao sabor do vento pela capota aberta do conversível vermelho, lágrimas em suspensão no ar quente do verão sulista. “Just don't ask me how I am”...

... Mal sabia o alquimista que vida sem a morte é fatalmente impossível...

... Sentindo você mesmo se desintegrar.

Um comentário:

  1. Hoje especialmente não tô lá muito sensível a poesia da vida, ainda que seja a poesia triste que mais me toca, mas assim mesmo, de subto, meio sem jeito devo dizer que você escreveu com maestria de forma que nunca consegui.
    Pura mania de pseudo-escritou ficar se comparando e apontando nos outros a qualidade que lhe falta. Eita, vaidade estúpida.
    Sou sua fã!
    Beijos

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