quinta-feira, 1 de julho de 2010

Gilberto Gil no São João de Jequié

Poucos dias atrás perguntei a um amigo como havia passado de festejos juninos. Ele me disse “fiquei em casa mesmo, mas no sábado (26-06), fui para Jequié ver Gilberto Gil, grátis”. Na mesma hora pensei “porco infiel, nem convida”, mas pouco depois deixei a ponta de inveja de lado para me perguntar quantas vezes no ano ocorrem oportunidades de ver e ouvir um artista tão gabaritado assim, cânone da música popular brasileira, FREE. Pouquíssimas vezes, conclui um par de minutos depois. Só me resta lamentar...
E lembrar de como o homem é bom [:)]



Ah, e no final do show (público estimado em 60 mil pessoas), ainda houve entrevero com evangélicos:



Sem querer entrar nos méritos de quem está certo ou errado (até porque não existe certo e errado nessa história), a constatação que fica desse episódio é que a Bahia, tida como sincretista (mistura de religiões), berço da cultura afro no Brasil, na realidade é mais ortodoxa do que pintam por aí. Mais um exemplo de que a Bahia não é apenas Salvador e Recôncavo. As diferenças culturais (especialmente religiosas) entre capital e interior são flagrantes.

2 comentários:

  1. Muito bem colocado. Corre pelo mundo afora (e pelo Brasil também) a imagem de que a Bahia é mesmo de todos os Santos. Porém a censura aqui, principalmente no interior, é terrível. Adorei o que o Gil falou!!
    "vocês chegaram com Deus agora no mundo, é?"
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
    Abraço, Keke!

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  2. Pois bem, a cada dia isso* que chamamos de boa música vem se distanciando de nossas realidades, ao passo que a massa cultural elege outras preferências musicais, que para nós (poucos) não são relevantes.
    Keke, confessa que você amou o São João de Piripá!!! huahuahua
    Mas não me pergunte o nome de nenhuma banda, na verdade só me lembro de Amado Batista ( que não combina nada com a tradicional festa junina).
    Beijos amor.

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