quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Cândido Sales no Dia Mundial de Luta contra a Aids
sábado, 6 de novembro de 2010
Dia do Nordeste
domingo, 31 de outubro de 2010
Deixa de ser enganador, bolinha de papel não fere nem causa dor
Prometi ao Keke que não iria expressar minha opinião política aqui no Náufragos, mas não resisti. Aí, maninho, se você ficar doído, se mexe e escreve um post explicando o porquê de votar nulo nesta eleição. Inté pra vcs.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Servidores públicos de Barra entram em greve - 25/10/2010 10:55
Extraído da página do CAA, e em substituição da imprensa baiana, que no geral não noticia nada (especialmente quando os alvos são políticos).
Os funcionários da Prefeitura Municipal de Barra, à 675 km de Salvador, paralisaram suas atividades no último dia 22. Numa assembleia com 300 pessoas, os servidores decidiram manter o estado de mobilização até a abertura da negociação com o prefeito Arthur Silva Filho.
Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo plano de cargos e salários para os professores e servidores em geral. Os hospitais e os postos de saúde do município também paralisaram os atendimentos.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Quando a tristeza requenta café no fogão da sua casa.
Café este, reciclado por obra de dores cíclicas, simboliza a intimidade tristonha com o vazio dos cômodos, o pó dos livros não mais abertos, meros enfeites para ninguém, exceto o próprio vazio. O sabor da cafeína desgastada é o sabor amargo das angústias, irmãos de parto a fórceps, desfigurados pelas circunstancias.
A noite volta depois do monólogo prolixo da solidão, acobertando as olheiras de um dia insone. Espera-se que ela nunca se vá, morfina negra de uma alma perdida. Mas as estrelas piscam mensagens codificadas de esperança...
Um tempo atrás...
...eu havia comentado que esperava voltar aqui para elogiar as escolhas da organização do FIB para a tenda alternativa. Pois bem, digamos que faltou ousadia. O Círculo, que já tocou em edições anteriores, está de volta e é o principal nome, junto com figuras conhecidas do público local, como Chirlei Dutra (e banda), Kessller (& banda), Allison Menezes & a Catrupia, Os Barcos... Acrescentem aí os DJ’s e Rio Vermelho, da qual desconheço o trabalho.
Não está ruim, mas poderia ser mais... ousado.
sábado, 31 de julho de 2010
Quadros Sócio Econômicos
Cá estamos, meu povo, curtindo a trilha sonora do Milton que usei para "dar clima" a esta apresentação criada no Power Point, transferida para o AquaSoft Slide Show e postada no You Tube. A paciência em aprender com tutoriais é uma benção dos Céus, vocês não acham?
Eu me achei nos meios de julho com uma pesquisa para o trabalho muito interessante, mas desorganizada e espalhada por 45 fichas de entrevista. Pensei o óbvio, "putz, eu podia jogar tudo em gráficos, ia ficar mais fácil de entender". Falar é fácil, quem disse que eu sabia fazer gráficos? Entrou a vontade de aprender, abri o programa, quebrei a cabeça, errei muitas vezes, peguei a manha e dominei a ciência. Quando eu falo, duvidam: para aprender basta precisar e correr atrás.
Em cima deste apanhado de informações sobre a micro área em que atuo será construído um planejamento de ações, em conjunto com a equipe de saúde do meu bairro, com base na identificação de problemas e necessidades da nossa comunidade.
Vocês já pararam para pensar o quanto um pouco de planejamento e reflexão faz falta na nossa vida? As pessoas, quando sabem o que querem, dificilmente traçam o caminho para chegar até lá, e passam a vida se lamentando por isso. Mas... deixa isso para lá, dar uma de livro de auto-ajuda está aquém dos meus talentos.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Quando o cinismo semeia ignorância
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Você já bateu o carro no poste?
... Chamas. Fumaça afogando suas córneas, enquanto a trava da porta parece um tanto distante com o cinto te segurando. Alguns segundos de luta muda, pois diante do desespero gritar parece algo um tanto complexo para fazer. Mais alguns momentos de suspense e está livre das ferragens ardentes, com algumas queimaduras, muita tosse por causa da fumaça inalada, mas de alguma forma, vivo. Mas estará inteiro? Não restarão seqüelas?
...A imagem do carro em chamas é a imagem da alma rubra do intrépido piloto que pensou que poderia seguir impune na auto-estrada da vida. De repente um acidente, uma curva mal calculada, um poste. Instantaneamente, a crônica de um caos anunciado, que não reconhecemos por causa da névoa leitosa que insiste em nos negar a clarividência de perceber o que virá na próxima curva, no próximo cruzamento, no próximo encontro. Sem chance para novas considerações, uma decisão urgente exige ação, para salvar sua pele, salvar seu coração, salvar sua alma. Se o poste não pôde ser evitado, o que fazer para sobreviver a ele?
Amigos, eu bati o carro no poste. E vocês, em algum momento bateram os seus também?
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Fragmentos de delírios esparsos - 2
... Sentado à mesa de um boteco nauseabundo as três da madrugada, o senhor de chapéu roto trava um diálogo febril com sua dose de whisky vagabundo, que era a única coisa que o seu dinheiro poderia comprar. Sem casa, sem rumo, escuta Joni Mitchell debochar na jukebox: “Everybody's saying that hell's the hippest way to go (Todo mundo está dizendo: 'Ir pro inferno é o que há')”. Talvez por estar bêbado demais, ou por não ter nada a perder mesmo, despede-se do último gole sem mais delongas, caminha até se distanciar das luzes do posto de gasolina, até o ponto mais escuro da estradinha tortuosa. Nos seus delírios, chega em casa, abre a porta, caminha para a cama e se aconchega vagarosamente. Ainda tem tempo para balbuciar, do alto do seu torpor: “Nem um caminhão me acorda”.
Fragmentos de delírios esparsos...
...Cinza, púrpura, musgo e translúcido. As cores e texturas do despertar torpe de um sonho intranqüilo na primavera gélida da Sibéria, onde o andarilho que não podia morrer caminhava sedento por uma dose de vodka, o suficiente para lhe proporcionar a derradeira coragem para o suicídio criogênico há tanto desejado. Mergulhar na água siberiana significaria fugir daquele inferno de neve e tons borrados da tundra predominante naquelas paragens. Na falta da vodka, acordar o salvou...
... Aquarela solar no horizonte crepuscular, cabelos bailando ao sabor do vento pela capota aberta do conversível vermelho, lágrimas em suspensão no ar quente do verão sulista. “Just don't ask me how I am”...
... Mal sabia o alquimista que vida sem a morte é fatalmente impossível...
... Sentindo você mesmo se desintegrar.
domingo, 18 de julho de 2010
Festival de Inverno Bahia: Mudança é a palavra de ordem
quarta-feira, 14 de julho de 2010
É de Oxum!?
No dia 30 de junho, mais uma vez, tivemos a oportunidade de testemunhar a mentalidade retrógrada e preconceituosa do povo (baiano, brasileiro, terráqueo): um candidato a deputado federal foi barrado por seguranças no TRE da Bahia porque trajava um adereço de candomblé. O candidato estava no tribunal para consultar a prestação de contas da campanha e foi impedido de entrar no prédio. Detalhe: ele é negro. O candidato, do PRP, fez uma representação contra o TRE/BA na Comissão de direitos humanos da Assembléia legislativa alegando discriminação racial e religiosa.
Depois do caso entornado, lógico, o Tribunal voltou atrás e disse que foi tudo um mal entendido.
Questiono os regulamentos de vestuário dos tribunais. Impor padrões de vestuário é um ato discriminatório sim, além de limitante e excludente. Então, só quem é capaz de defender os próprios interesses e os interesses coletivos são pessoas que tem dinheiro para comprar sapatos, ternos, gravatas? Os cidadãos de pés no chão são burros demais para ir aos tribunais? (Equação: preto+macumbeiro+pobre= marginal). A Justiça exclui não só a diversidade cultural, também exclui os cidadãos das classes menos privilegiadas.
O cidadão não pode registrar os filhos porque não tem calças compridas para entrar no fórum. Consultar os búzios e assistir os afoxés faz parte da nossa cultura (elevadíssima cultura, viva a diversidade!), mas os cultos africanos são bem vistos só durante o carnaval, da quarta feira de cinza em diante eles que se vistam como todo mundo.
Não vamos esquecer que os piores calhordas deste país usam ternos de grife e respondem por “doutor” e “excelência”, e são eles próprios que inventam regras idiotas sobre como as pessoas devem se vestir para ter acesso a espaços onde por direito todos deveriam ser iguais.
E assim seguimos, preconceituosos e hipócritas.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Operação Jaleco Branco ?
No Correio Forense
domingo, 4 de julho de 2010
MP aciona Tim por propaganda enganosa
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)
Golfo do México, 3 meses e 11 dias após...
O que se viu desde então foram tentativas frustradas de conter um vazamento monstro de petróleo cru para as águas do Golfo do México, região com ecossistemas extremamente comprometidos devido à intensa exploração petroleira, que perdura por décadas.
Milhões de barris já escaparam para o mar, deixando uma gigantesca mancha negra de centenas de quilômetros de extensão, visível para qualquer um que olhe das janelas dos aviões que sobrevoam a área, isso se o tempo estiver bom. Por falar em tempo, a temporada dos furacões está começando, o que só complicará os trabalhos para conter o vazamento, que hoje está estimado entre 35 e 60 mil barris por dia. O acidente com o petroleiro Valdez, da Exxon, parece diminuto diante das proporções colossais que este episódio assumiu.
A proprietária da famigerada plataforma, a British Petroleum (BP), é um dos quatro grandes conglomerados da indústria petrolífera mundial (os outros são a ExxonMobil, Shell e Chevron). Apesar de anunciar recentemente que os gastos para conter os estragos já chegaram a 1,6 bilhão de dólares, os resultados das medidas adotadas são claramente insuficientes para resolver o problema. Congressistas acusam a empresa de negligência com aspectos de segurança (o que não é nenhuma surpresa), e o presidente Barack Obama decretou preventivamente uma moratória de seis meses (que foi cassada na justiça, e no momento encontra-se indefinida) impedindo a exploração de petróleo em águas profundas (o local do vazamento fica a 1500 metros de profundidade). Especula-se que acidentes de natureza semelhante possam ocorrer, uma vez que as medidas de segurança adotadas pelas petrolíferas não parecem assim tão confiáveis.
Os danos ambientais são incalculáveis. Os prejuízos econômicos soam como uma ferida incômoda em um corpo ainda convalescente dos efeitos da crise econômica, doença grave que afetou a saúde de países do mundo inteiro. E os EUA ainda se preocupam com sua situação energética, já que o petróleo (ainda) é uma das fontes de energia mais importantes do país, portanto uma diminuição da produção não interessa a ninguém.
A imprensa, que cobriu exaustivamente os desdobramentos do acidente no primeiro mês, passou a praticamente ignorar a existência de um contínuo vazamento de petróleo no mar, exceção feita a imprensa norte-americana, por motivos óbvios. Os holofotes estão todos voltados para a Copa do Mundo, este acontecimento mundial extremamente importante para os rumos de nossas vidas. Mais equilíbrio na elaboração das pautas, e nas escolhas do que é importante para o público não faria mal a ninguém, nem aos bolsos das empresas jornalísticas.
Para encerrar o post, uma demonstração de pessoas que queriam fazer algo pelo bem do meio ambiente:
Este show foi realizado em 1990, alguns meses após a catástrofe com o petroleiro Exxon Valdez. A banda no vídeo - O Midnight Oil – estacionou o caminhão na frente da sede da empresa em Nova York, para realizar um show protesto. Peter Garrett (ativista do Greenpeace) & Cia tocaram para uma pequena multidão que se aglomerou curiosa. Tempos depois a banda se dissolveu, e o líder Peter Garrett se elegeu deputado pelo partido verde australiano, estendendo o seu ativismo para as fileiras do Congresso.
“Now I'm trapped like a dog in a cage
Wherever the truth is pursued
It must be the curse of the age
What's taken is never renewed”
“Agora estou aprisionado como um cão em um canil
Sempre a verdade é perseguida
Isto deve ser a maldição dos tempos
O que está sendo tomado não será renovado”
Gilberto Gil no São João de Jequié
E lembrar de como o homem é bom [:)]
terça-feira, 29 de junho de 2010
O problemas dos pobres não é a chuva
O sol deita e a água rola
O sapo vomita espuma
Onde um boi pisa se atola
E a fartura esconde o saco
Que a fome pedia esmola”